segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

“Tenho medo de mim, do ser humano que sou. Tenho medo de me ferir. Machuco todos, me machuco, conheço pouco do amor e muito da dor. Tenho como companheira a solidão, ela me trás o esquecimento dessa vida ruim, desse desastre que eu sou. Sou cheio de esperanças, mas muitas vezes o amor me faz perde-las. Me sinto uma derrota, que simplesmente desistiu, desistiu de ser feliz, de procurar ser completo e só ter sofrimento. Será loucura dizer que se eu pudesse, não conviveria comigo? Essa escuridão em meus olhos só me trás sofrimento, já está se transformando em um vício essa solidão. Meu desejo é encarar o mundo, enfrentar essas angustias e tristezas que me cabe. Minha alma tem um buraco vazio, esse buraco está inchado de decepções. Perdi tudo que eu tinha de bom, perdi o amor, perdi a felicidade, perdi a bondade, perdi a vontade de sorrir. Minhas lágrimas caem, sinto alguns erros em cada uma, elas me afogam em uma imensidão de dor. Não quero me culpar por ter se tornado assim, esse ser humano viciado em dor, mas não vejo outro motivo, sou infeliz por conta própria, sou infeliz por medo, medo de me ferir e ferir os outros.”


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