sábado, 28 de dezembro de 2013

“Eu daria tudo para você ter ficado. Tudo. Eu deixaria de me deixar em primeiro lugar por você, perderia horas por você. Faria qualquer coisa que estivesse ao meu alcance. E até as que não estivessem. Eu poderia, simplesmente apagar todos os textos que eu fiz te xingando, falando coisas fúteis e banais de ti, até mesmo se fossem verdades, mas se isso te trouxesse de volta, eu apagaria. Corrigiria nossos erros, mesmo sabendo que eu não poderia, porque já passou, e amanhã é um novo dia, e tenho que, apenas aguardar, ou não, posso simplesmente tomar a iniciativa sobre você. Apesar de que eu sempre tomei mesmo. O ruim de saber que não vou conseguir manter você perto de mim, é saber que mesmo se eu tentasse, nada iria te fazer ficar, porque, para você, eu nunca fui suficiente, e é isso, é isso que me quebra. É isso que me ferra, é isso que me deixa assim, é você, não, é tudo sobre você. Ridículo, idiotice, entre outros adjetivos que eu poderia simplesmente colocar para essas atitudes, ou meros acontecimentos do acaso presente, do mesmo jeito que é sentir sua falta. É idiotice sentir, porque você não vai voltar. Você sempre foi, e nunca voltou. Você nunca teve motivo suficiente, na verdade, nunca teve nenhum motivo para ir, mas para ficar você tem. S-e-m-p-r-e t-e-v-e! Não entende? Esse motivo sou eu, mesmo que não entenda. Mas, eu tô aqui, sempre estive. Não vou continuar te esperando sempre, porque isso me magoa, mesmo eu não demonstrando muito esse turbilhão de sentimentos importunos que sinto, mas magoa. Causa uma mágoa acumulativa, que uma hora faz uma rachadura, e na outra faz mais um estrago que quando eu vou observar no final, e vejo que na verdade, já está tudo estragado mesmo, se juntou. Eu daria tudo, nem que fosse a minha melhor lembrança apesar de que ela foi o dia em que lhe conheci, mas, sabe, eu sei que você tem a capacidade de fazer todos os dias se somarem, e tornarem uma única só lembrança. E é ruim sentir sua falta, porque você não volta. Não volta, da mesma maneira que quando tiramos uma nota ruim, e não podemos corrigir. E eu, mesmo sentindo sua falta, e tendo só em mente a necessidade extrema de querer a ti, ainda me recordo da sua música favorita. Aquela lá, que você sempre ouvia antes de dormir, e que quando acordava já ia pegando o celular para ouvi-la, pois você sempre me disse que ela era uma das coisas que sempre lhe motivaram. E o ruim disso tudo, o ruim mesmo, é saber que você não volta, que você, está lá sendo feliz com sua vida, talvez estando tudo bem, mas não se toca que eu, eu sou parte dela como sua música favorita, a sua fotografia favorita, o seu casaco da sorte. Você nunca percebeu que eu sempre estive ali, do seu lado, mesmo estando longe, mas, que eu sempre sabia mais que todos. Você me contava dos seus casos com essas pessoinhas que no outro dia você já não ia mais lembrar, e eu? Eu ficava te escutando, porque por algum motivo não importava se você não estava falando de mim, ou de você, ou de nós, mas era você quem estava falando, e isso é o que importava. O simples fato de continuar sempre do seu lado não era suficiente, você tinha que procurar algo chamativo em outro alguém, mas nunca percebeu que essa coisa chamativa sempre esteve em mim. Aquelas pessoas que você saía e eu só ficava observando, estava na cara que não tinham nada para lhe oferecer. Talvez alguns momentos de risos, e de gargalhadas que fizessem doer os rins? E eu? Eu sempre pude te oferecer mais do que qualquer outra pessoa, mas você nunca percebeu. E esse foi o seu maior erro.”

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